sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Geofusion conquista aporte da Intel Capital

A Geofusion é um das patrocinadoras do 5th SCIP Latam Competitive Intelligence Summit, e será uma das empresas a mostrar suas soluções durante o encontro. Abaixo você confere a matéria publicada no Valor com detalhes de recente investimento realizado pela Intel Capital na Geofusion. 

A Intel Capital, braço de investimento em empresas da fabricante americana de chips, fechou seu segundo aporte em uma companhia brasileira em 2013. O investimento, que não teve valor divulgado, foi feito na Geofusion, especializada em sistemas de geolocalização oferecidas pela internet por meio de computação em nuvem. Por esse modelo, os usuários não precisam ter sistemas instalados em seus computadores e podem acessá-los via internet em servidores dos fornecedores.

Figoli (à esquerda), da Geofusion, e Villela, da Intel Capital: em cinco anos, base de clientes cresceu dez vezes e receita aumentou a um ritmo de 60% ao ano
Figoli (à esquerda), da Geofusion, e Villela, da Intel Capital: em cinco anos, base de clientes
cresceu dez vezes e receita aumentou a um ritmo de 60% ao ano
Tradicionalmente, a Intel assume participações que variam de 15% a 30% do capital das empresas, com aportes médios de US$ 2 milhões a US$ 10 milhões – mas o valor pode ser muito superior. Há duas semanas, a companhia anunciou um aporte na WebRadar, especializada em sistemas de análise de dados em tempo real também oferecidos no modelo de computação em nuvem.

Em entrevista ao Valor PRO – serviço de informações em tempo real do Valor -, Alexandre Villela, diretor de investimentos da Intel Capital, disse que o investimento na Geofusion teve duas grandes motivações: a aposta da companhia em tecnologias de geolocalização e computação em nuvem, duas grandes tendências do mercado de tecnologia; e o potencial de setores da economia que podem ser atendidos pela empresa.

“O mercado [de geolocalização] ainda é desconhecido no Brasil, tem muito espaço para crescer”, disse Pedro Figoli, executivo-chefe da Geofusion. De acordo com o executivo, a companhia tem 200 clientes. A maior parte (60%) é de empresas de pequeno e médio porte. Entre os principais setores atendidos estão varejo, ensino, saúde, imobiliário e cosméticos.

O principal produto da Geofusion é o OnMaps, um serviço de mapas que reúne informações de 250 fontes como IBGE, Ministério do Trabalho e consultorias, para exibir perfis da população e do consumo nas cidades brasileiras. Segundo Figoli, um varejista pode usar o serviço para planejar a abertura de novas lojas, ou avaliar que tipo de produto tem mais potencial de sucesso em uma determinada região. Os clientes assinam contratos de 12 meses e pagam valores fixos mensais. O preço depende do número de usuários e da quantidade de bases de dados em uso.

Criada em 1996, a Geofusion operou como uma consultoria de geomarketing na área de varejo até 2008. A partir daí, a empresa direcionou suas atividades para o desenvolvimento de um sistema de mapas próprios. “Só com a consultoria não conseguiríamos ter a escala que atingimos com a oferta pela internet”, disse Figoli.

De acordo com o executivo, nos últimos cinco anos o número de clientes da Geofusion cresceu dez vezes, enquanto o quadro de funcionários passou de 20 para 50 (dois terços dos quais voltados à área de tecnologia e captação de dados, e o restante à administração e vendas). Durante esse período, a receita tem crescido a um ritmo de 60% ao ano e o objetivo, disse Figoli, é elevar esse patamar para 100%. A Geofusion não revela sua receita atual. Mas o plano é chegar a um valor de R$ 100 milhões em até cinco anos.

A projeção de crescimento está baseada no aumento das vendas no Brasil, mas também na expansão internacional da companhia. Segundo Figoli, muitos clientes estrangeiros que usam o OnMaps no Brasil e até empresas brasileiras com atuação fora do país têm pedido à Geofusion para expandir suas operações. A ideia é iniciar esse processo em dois anos, com foco especialmente no mercado dos Estados Unidos. “Já fizemos negócios em países da América Latina por conta de clientes, mas apostar nesses países exige muito esforço para atender a mercados pequenos”, disse o executivo.

O investimento da Intel Capital é o segundo recebido pela Geofusion, que, em 2011, vendeu uma participação para o fundo Criatec, do BNDES. O valor do aporte não foi revelado. O fundo, que tem 36 empresas e está fechado para novos investimentos, tinha como política aplicar entre R$ 1,5 milhão e R$ 5 milhões nas empresas.

Desde que se instalou no Brasil em 1999, a Intel Capital investiu em quase 30 empresas locais. O total aplicado ultrapassa US$ 80 milhões. De acordo com Vilela, só no ano passado foram seis investimentos, o maior número dos últimos anos. O executivo disse que as expectativas para 2013 são boas, mas não quis dizer se são superiores aos aportes registrados em 2012. “Não temos uma meta específica de investimentos. Depende muito das conversas que mantemos com as empresas”, disse. Entre as áreas de interesse da companhia estão comércio eletrônico, computação em nuvem, análise de grandes volumes de dados (“big data”), saúde e mobilidade.

Por Gustavo Brigatto. Fonte: Valor Econômico -11/03/2013
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O fenômeno Big Data e seu impacto nos negócios

Estima-se que, do início da civilização até 2003, a humanidade criou 5 exabytes (um quintilhão de bytes) de informação. Atualmente, criamos esse mesmo volume a cada dois dias. Um estudo da consultoria IDC indica que, de 2012 até 2020, o volume de dados armazenados na internet deverá dobrar a cada dois anos.


As razões por trás desta explosão de dados são simples de entender. A proliferação das redes sociais, o crescimento do e-commerce e a crescente penetração de dispositivos móveis são fenômenos relativamente recentes e que tendem a se intensificar nos próximos anos. Além disso, estima-se que, já em 2015, teremos 25 bilhões de dispositivos conectados, que vão de PCs e smartphones a dispositivos sensoriais como câmaras de monitoramento e medidores de velocidade, gerando uma enxurrada de dados complexos.

A expressão 'Big Data' refere-se a estes enormes conjuntos de dados caracterizados por grandes volumes (por ordem de magnitude),  de grande variedade, dado que se originam de diversas fontes de dados,  e gerados em alta velocidade, pois podem ser obtidos ao mesmo tempo em que se originam. Estes três características principais são, por vezes descritas como o "três Vs" do Big Data.

Quando se fala de 'Big Data', sob o ponto de vista empresarial, a grande oportunidade que as empresas têm é a de extrair efetiva inteligência de negócios a partir destes dados. Ferramentas de análise específicas, também conhecidas como 'Analytics', permitem implementar estratégias para conhecer e fidelizar melhor seus clientes, reduzir custos operacionais e melhorar seus produtos.

No mundo corporativo, existem exemplos notáveis de criação de vantagem competitiva a partir de estratégias baseadas em técnicas de 'Big Data'. Empresas de E-Commerce utilizam dados do perfil de seus consumidores e seu perfil de navegação para definir, em tempo real, produtos a serem oferecidos a seus clientes. A Netflix tem, por exemplo, aproximadamente 2/3 de suas vendas feitas através de recomendações customizadas. Grandes operadoras de Telecom correlacionam dados de perfil de uso de seus clientes e seu perfil de tarifação para definir estratégias para redução de 'churn'. Empresas do mercado financeiro correlacionam dados publicos de multiplas fontes de seus clientes de modo a auxiliar a construção de seu perfil de crédito. Empresas do setor de varejo buscam seus pontos de venda usando ferramentas que correlacionam dados complexos de demografia, fluxo de pessoas e consumo setorial.

O mercado de 'Big Data' ainda é relativamente incipiente se comparado a seu potencial. Em 2013, pesquisas de mercado indicam que o mercado global movimente aproximadamente US$10 bilhões, sendo que aproximadamente 30% deste volume é representado por software, enquanto o restante é dividido entre hardware e serviços. Apesar de relativamente pequeno, é um dos segmentos de maior crescimento projetado no setor de tecnologia, com taxas superiores a 50% ao ano nos próximos anos. No Brasil, o segmento de 'Analytics' deve movimentar mais de US$260 milhões este ano, um crescimento de 70% em relação ano passado, segundo dados da consultoria Frost & Sullivan.

O fenômeno do Big Data, em conjunto com a computação em nuvem – o 'cloud computing' – tem potencial para ser disruptivo para a indústria de software. Depois de um período de 'maturação', as soluções de 'Analytics' permitirão que as companhias obtenham insights importantes sobre seus mercados, competidores e seu negócio, o que representará um elemento competitivo importante bem como criará ganhos de produtividade e inovação. Existe um desafio relevante – e longe de ser resolvido – de se simplificar as soluções de 'Analytics' a ponto que sejam utilizadas por usuários de negócio, e não por engenheiros-especialistas e estatísticos. No entanto, a despeito deste desafio e de toda excitação – por vezes exagerada – natural de novas tecnologias, as perspectivas são muito positivas e são corroboradas pela fértil atividade de investimento por parte de fundos de Venture Capital e Private Equity neste setor, inclusive em empresas emergentes brasileiras. Desde 2008, mais de 500 empresas já foram investidas no setor globalmente, em uma alocação superior a US$4.9 bilhões, segundo a CB Insights.

Alexandre Villela é diretor de Investimentos da Intel Capital para América Latina.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Active Dialog sobre Inovação e Patente

Neste active dialog do 5th SCIP Latam Competitive Intelligence Summit, o diretor geral da Axional Consultoria Tecnológica, Henry Suzuki, conduzirá os participantes por uma abordagem sobre Inovação e Patentes.

A sessão será composta por duas partes. A primeira abordará aspectos determinantes para o uso estratégico de patentes na empresa, incluindo: avaliação de “patenteabilidade”, liberdade
para operar estudos, mapeamento de tecnologia, invenção estratégica, patenteamento estratégico e busca e monitoramento de concorrentes/ parceiros.

A segunda parte abordará ferramentas e técnicas para pesquisa de patentes e análise, incluindo: palavras-chave, cessionários de patentes, classificações de patentes, citações, famílias de patentes e status jurídico.
Um caso de amostragem no campo de produtos cosméticos será utilizado para ilustrar como as empresas brasileiras podem usar informações sobre patentes como uma importante ferramenta adicional para a inteligência competitiva e a inovação.

Abaixo você pode ver uma entrevista do Dr. Henry Suzuki sobre a lei de Propriedade Industrial para a TV Unesp.



Neste link você pode baixar uma apresentação realizada pelo Dr. Henry Suzuki sobre o uso estratégico de patentes em negócios. Prepare-se para o Active Dialog: traga suas perguntas e enriqueça o debate!


Veja a programação completa do 5th SCIP Latam Competitive Intelligence Summit e garanta sua presença no mais importante encontro da comunidade de inteligência competitiva da América Latina.

Active dialog sobre Big Data

Sucesso na edição anterior do encontro da SCIP, os active dialogs estão de volta, com mais temas e novas propostas. Em torno de uma mesa, os participantes (entre 15 e 20) se reúnem para opinar, discutir e aprender uns com os outros sobre o tema proposto. Exposição, divergências, convergências e recomendações. O active dialog é uma verdadeira produção coletiva de conhecimento!

Neste ano serão 14 active dialogs, e um deles tratará do tema do momento: BIG DATA

Estudos recentes indicam que empresas que tomam decisões com base em dados e análises de negócios são mais produtivas e apresentam maior retorno para os seus acionistas. Ao mesmo tempo estamos assistindo a uma explosão na quantidade de dados disponíveis.

Novas tecnologias coletam dados de fontes tão diversas quanto transações financeiras, interações com clientes e indicadores operacionais de fornecedores além de notícias, blogs, comentários em mídias sociais e relatórios produzidos tanto dentro como fora das empresas.

Todas essas informações podem gerar valor para as empresas se forem utilizadas para responder as perguntas certas formando uma perspectiva coerente.

No active dialog conduzido pelo diretor de consultoria da Cortex Intelligence, Thiago Canellas, serão exploradas as formas como diferentes empresas estão utilizando as tecnologias de Big Data e Advanced Analytics para conseguir um diferencial competitivo relevante em diversas indústrias, quais os principais desafios enfrentados por elas e como desenhar e implementar uma estratégia da Big Data.


Veja a programação completa do 5th SCIP Latam Competitive Intelligence Summit e garanta sua presença no mais importante encontro da comunidade de inteligência competitiva da América Latina.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Big Data e a Inteligência Competitiva

Tema de interesse cada vez maior entre os profissionais de Inteligência Competitiva, as formas de se lidar com Big Data, alavancando um grande volume de dados e obtendo uma análise unificada capaz de gerar melhores insights de negócio, serão discutidas durante o 5th SCIP Latam Competitive Intelligence Summit.

No encontro deste ano, o associate general manager da HCL Technologies, Ashish Goel, apresentará cases do setor farmacêutico nos quais a tecnologia foi implantada para ajudar a lidar com big data e responder as questões críticas do negócio.

Dr. Ashish Goel falará na manhã do dia 08 de outubro. Para conferir os detalhes da programação, clique aqui. Veja abaixo o que ele falou sobre a sua expertise e confira uma entrevista concedida à Analytics India Magazine.
Na área de P&D da indústria farmacêutica, é necessário descobrir, entender e, na medida do possível, prever novos agentes terapêuticos e seus mecanismos básicos de ação. Isso é buscado em diversos níveis de descrição, desde o molecular e o celular até o organismo como um todo e o nível da população. Há agora, de forma cada vez mais crescente, a necessidade de integrar o uso da análise de dados não estruturados por meio da cuidadosa atenção e análise da mídia social. As equipes de insights comerciais e inteligência competitiva ainda usarão a SAS para a realização de vários tipos de análise lidando, primeiramente, com dados estruturados. 
Há um grande número de necessidades não atendidas em termos de uma significante energia sendo gasta em processamento de conjuntos de dados e na criação de bibliotecas, dependência de recursos técnicos qualificados com algum entendimento sobre dados comerciais do mercado farmacêutico e conhecimento de SAS. Nossa proposta consiste em alavancar a plataforma analítica unificada e a metodologia para facilitar: insights específicos e recomendações cabíveis – capacidade analítica de compreensão unificada, baixo custo de propriedade – lote tecnológico único para análises unificadas; exigência mínima de especialistas em tecnologia, rápido resposta de análises unificadas – metodologia pendente de patente para análises unificadas. A solução pode ser disponibilizada através de modelo “nuvem” (cloud) e, assim, não exigindo grande investimento inicial em infraestrutura. 
Com o bom uso dessa plataforma podemos desenvolver uma aplicação de autoaprendizagem que pode ser aprimorada para atender a diferentes casos. Isso pode repor o atual conjunto de ferramentas e o nicho de recursos externos que estão sendo usados.
Entrevista do Dr. Ashish Goel à Analytics India Magazine (clique no link).

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Painel de Presidentes

Um dos destaques do 5th SCIP Latam Competitive Intelligence Summit será o CEO Roundtable: convidamos presidentes de empresas para discutir os pontos que agregam valor para as suas decisões estratégicas e as razões que os levam a patrocinar iniciativas de IC em suas corporações. Com a palavra, os presidentes!

A sessão ocorrerá na manhã do dia 09 de outubro, e os participantes poderão conhecer as expectativas dos presidentes de empresa sobre a contribuição de IC para as decisões estratégicas. Participam do debate

  • André De Almeida Prado, Presidente da Atlas Logística,
  • Dra. Janete Vaz, Presidente do Laboratório Sabin,
  • Osvaldo Cervi, CEO da Alelo,
  • Thomas Batt, CEO da RSA Seguros.

O painel terá como mediador Rogério Guimarães, Diretor Regional de Categoria e Consumer Insights para América Latina da IFF - INTERNATIONAL FLAVORS & FRAGRANCES INC.

Conheça um pouco mais dos nossos convidados:

ANDRÉ DE ALMEIDA PRADO, PRESIDENTE, ATLAS LOGÍSTICA
Engenheiro civil, mestre em engenharia de sistemas logísticos e doutorando em transportes pela Universidade de São Paulo (USP). Graduado em Global Logistics & Supply Chain Management pelo conceituado Massachusetts Institute of Technology’s (MIT). Também possui MBA em gestão empresarial e mestrado em intermodalidade de sistemas de transportes. Conta com mais de 17 anos de experiência em supply chain e atualmente tem como responsabilidades a diretoria geral da Atlas Logística, é consultor sênior do departamento de transportes do estado de São Paulo e conselheiro consultivo da ABRALOG.



DRA. JANETE VAZ, PRESIDENTE, LABORATÓRIO SABIN
Janete Ana Ribeiro Vaz é goiana, bioquímica, cofundadora e Presidente do Conselho do maior laboratório de análises clínicas do Centro-Oeste e um dos maiores do país. Veio a Brasília para iniciar sua carreira e em parceria com Sandra Soares Costa, sócia e amiga de longa data, fundou o Laboratório Sabin. Hoje, após 29 anos, o Laboratório Sabin faz parte do Grupo Sabin e conta com quase 2000 colaboradores e 116 unidades de negócios, presentes em seis estados do Brasil e no Distrito Federal. Dra Janete também é Vice-presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), seccional DF; Diretora-presidente do Conselho Diretor da Junior Achievement (Programa Empreendedorismo do Jovem nas Escolas); Presidente do Soroptimist Internacional Brasília 2012/2014. Associação com cadeira cativa na Organização das Nações Unidades (ONU); Membro do Conselho de Presidentes de Brasília; Membro do Conselho Consultivo do World Trade Center – São Paulo; Conselheira do Portal Tempo de Mulher; Eleita, em 2011, uma das Melhores Gestoras de Empresas do Brasil pela Revista Valor Liderança à frente do Laboratório Sabin.

OSVALDO CERVI, CEO, ALELO
Osvaldo Cervi é diretor-presidente da Alelo desde julho de 2012. Com larga experiência no mercado financeiro, trabalhou no Banco do Brasil entre 1984 e maio de 2012, quando deixou a instituição como diretor de Mercado de Capitais. Foi conselheiro de Administração da Neoenergia, conselheiro Fiscal da Brasilcap Capitalização e suplente do Conselho de Administração da Brasilprev. Possui mestrado em Administração pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e tem dois MBAs – Finanças pela Universidade de São Paulo (USP) e Tecnologias Educacionais pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), além de especialização em Economia pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Na graduação, formou-se em Ciências Jurídicas pela Federação das Faculdades Isoladas de Araraquara (FEFIARA). É professor de pós-graduação em Administração de Marketing da FAAP e de Inteligência de Mercado e Gestão de Negócios da Fundação Instituto de Administração (FIA). No Banco do Brasil, também atua como educador em Excelência Profissional e Consultoria de Investimentos Financeiros (CIF).

THOMAS BATT, CEO, RSA SEGUROS
Thomas Batt é CEO da RSA Seguros Brasil desde 2008. É parte da equipe de gestão executiva da empresa há 15 anos, tendo liderado uma série de projetos para a Royal & SunAlliance no Brasil, incluindo a aquisição e consolidação da CGU Insurance em 2002. Ele também desempenhou um papel importante na integração da empresa chilena Cruz Del Sur de Transportes, quando foi adquirida pela RSA em 2005. Com mais de 25 anos de experiência no setor, o executivo liderou a filial brasileira da empresa de 2000 e 2006, quando foi nomeado Diretor de Operações e Risco para a América Latina, responsável pela operação e risco regulatório, tecnologia, operações, jurídico e projetos nas áreas de gestão. Antes de ingressar na RSA, trabalhou para uma multinacional de corretagem de seguros por 11 anos. Trabalhando como CEO, Thomas Batt tem o desafio diário de implementação de estratégias de seguros, desenvolvendo propostas de valor dirigidas a diferentes perfis de clientes, bem como gerenciamento de equipes multidisciplinares para alcançar os melhores resultados possíveis.

Você gostaria de fazer perguntas para eles? Então deixe aqui seus comentários.


Bureau de Inteligência do Café divulga relatório sobre a Colômbia

O Bureau de Inteligência Competitiva do Café (icafebr) divulgou seu novo relatório da série “Potenciais Concorrentes do Café Brasileiro”. O objetivo é ressaltar, de forma clara e direta, os pontos fortes e fracos dos países produtores, bem como as ações das instituições privadas e dos governos desses países, que definirão o futuro do setor. O documento atual aborda a cafeicultura na Colômbia.

Clique aqui e confira o relatório.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

As quatro técnicas analíticas que todo analista deve conhecer

Reproduzo abaixo um artigo escrito por Ken Sawka para o boletim da SCIP dos EUA. Ken estará em São Paulo participando do 5th SCIP Latin America Competitive Intelligence Summit e será uma oportunidade única para os profissionais da área compartilharem conhecimentos com este grande expert em IC.

Analytical methodologies will help you assess gathered information more effectively or more quickly, or help you get to the core pieces of information necessary to address the topic at hand, but they will not spit out answers to these questions. Methodologies are catalysts toward judgment; they do not achieve insight on their own. Here are four analytical methodologies that I believe every analyst must know to perform competitive intelligence well.

1. COMPETING HYPOTHESES ANALYSIS

The Competing Hypotheses Analysis (CHA) is a basic methodology that can help make sense of a dizzying accumulation of industry, competitor, or other external information. Intelligence analysis follows the inductive scientific approach, demanding that you evaluate data and information based on preconceived explanations for the reasons behind competitive activity. Though it’s oftentimes uncomfortable for analysts to envision explanations to competitive issues before they’ve begun the research process, inductive reasoning is a more efficient method than blindly gathering data and information and then trying to figure out what it all means.

Competitive intelligence (CI) problems are likely to have several possible outcomes, so CHA asks that we develop multiple hypotheses — simple explanations, not complex scenarios— that can explain the goings on in the competitive market.

The CI team develops half a dozen hypotheses that provide explanations about how various competitors will act. Then demands that all hypotheses get equal and simultaneous treatment by letting each compete for relevance given the data and information that has been collected.

Employing this technique allows you to illustrate logically why your chosen explanation makes more sense than the one management may prefer.

Furthermore, if the hypotheses you’ve generated truly are competing, it would be impossible for a single piece of information to support them all. CHA lets you look for discrepancies or deficiencies in your research process and sources, and determine whether additional data confirmation is necessary.

Generating hypotheses ahead of intensive data collection and evaluating them by using this technique is rigor that serves analysts well. It is often hard enough to compel management to pay attention to and use intelligence analysis, not to mention that analysts are constantly under pressure to prove their judgments and conclusions. CHA is a way to provide the credibility and strength behind forward-looking judgments to compel management to act on your findings.

2. PORTER’S FIVE FORCES ANALYSIS

Porter’s Five Forces Analysis has been applied principally in strategic planning to help managers understand likely future directions of industries and the drivers that influence industry participants. But the technique has also found a home among CI analysts as a means to examine the competitive intensity of an industry and the relative strengths, weaknesses, and leverage of key players. While strategic planners might use Five Forces to look holistically at industries and their companies’ place within industry structures, we tend to use it to first look at industry players individually, and then in the aggregate to identify competitive pressures impacting our company.

There are four primary advantages to using this analysis. Five Forces:

Someone once told me that to successfully deal with management, you need to do four things:

  1. Allows both analysts and management to isolate the areas of an industry where there is the greatest potential for change, as well as identify areas where a company – you or your competitors – may have little or no leverage.
  2. Provides management with a focused list of strategic options for improving your company’s competitive standing.
  3. Helps identify which players may be the weakest, or most disposed toward alliances, partnerships, or acquisitions. It also identifies those players in the best position to acquire another player. This helps you anticipate acquisitive behavior among your direct competitors, and also assesses the prospects for forward or backward integration within an industry.
  4. Helps management determine the attractiveness of an industry in a relatively short time. It can also help chart shifts in product or business unit strategy

3. SCENARIO ANALYSIS

Perhaps one of the most versatile analytic tools out there, I have seen companies use scenario analysis to:

  • Assess likely future competitor strategies.
  • Evaluate the impact of emerging technologies. 
  • Forecast overall future industry health.

Scenarios are wonderful for making sense out of complex, fast moving, and otherwise murky industry and competitive developments, and they help identify possible outcomes for emerging competitive situations. But few competitive analysts use scenarios for decision-making and contingency planning.

Specifically, scenario analysis helps CI analysts develop a set of plausible descriptions of likely future competitor and industry outcomes that emerge from the competitive forces starting to present themselves today. The output of the method is a set of distinct stories. These stories capture how a competitor, technology, regulator, supplier, or other industry force or participant can merge to change industry dynamics in ways that have obvious implications for your own organization.

The process of developing these stories relies on identifying, analyzing, and describing the behavior of a set of industry drivers – the variables that, depending on how they behave, determine future outcomes. Instead of simply presenting these four outcomes to management and letting them sort out what to do, scenario analysis provides the analyst with the ability to catalyze management debate around appropriate competitive strategy, given all plausible outcomes and develop a plan to address the possible scenarios in isolation and combined.

4. WIN-LOSS ANALYSIS

Of all the techniques covered, win-loss analysis has strayed farthest from its analytic purpose, becoming synonymous with win-loss interviewing. Win-loss analysis is not about the process of interviewing customers, sales representatives, or others involved in business development as a means of gathering market intelligence. It is a means to compare your company’s win themes with the actual customer, competitor, and industry drivers of purchase decisions.

When done properly, win-loss analysis reveals strengths and weaknesses in your company’s selling strategy and tactics, based on influences applied by customers, competitors, regulators, and other external players. If you find your organization consistently beaten by one competitor, or even better, consistently successful with one customer, win-loss analysis can help explain why, and help identify and capture best practices associated with a string of your own sales victories on certain accounts.

Strategically, win-loss analysis can also help prepare for a major product or market expansion by identifying the win themes likely to be associated with that new market or product, and can contribute to discussions around proper product mix and product evolutions or successions.

Win-loss analysis is most effective when you are trying to correct a perceived deficiency in your sales process, and are prepared to take corrective action. It is not an on-going process, but rather ends when corrective actions have been identified and put into action, not when a series of customer interviews have been completed.

Conclusion

Analysts must realize that these analytical techniques are not a crutch upon which to rely as a substitute for your own sound judgment and opinion. These methodologies are valuable tools to help organize your thoughts so you can arrive at compelling conclusions.

About the Author
Ken Sawka is a recognized competitive intelligence and strategy development expert, and published author. He has worked as an intelligence practitioner and consultant to Fortune 500 companies. Prior to joining Outward Insights, Sawka directed the pricing and competitive analysis and strategy and operations groups at Deloitte Consulting. Earlier, he led the CI consulting practices at Fuld & Company, Inc. and The Futures Group, and was an intelligence analyst with the U.S. CIA. A long-time SCIP member, he served on its Board from 1999—2002, and is a member of the Association for Strategic Planning. He can be reached at ksawka@outwardinsights.com.


Já está no ar a programação completa do 5th SCIP Latin America Competitive Intelligence Summit

Já está no ar a programação completa do 5th SCIP Latin America Competitive Intelligence Summit. Visite o site www.informagroup.com.br/scip2013 e veja os detalhes do grande encontro da comunidade latino-americana de Inteligência Competitiva.


As novidades sobre o evento você pode acompanhar pelo Twitter @IC_SummitBR, na Fanpage http://www.facebook.com/5thSCIPlatam e no blog de IC http://www.inteligenciacompetitiva-informa.blogspot.com, onde serão publicadas informações do mercado e do único encontro que reúne o estado da arte de inteligência competitiva, com a chancela da principal associação mundial de profissionais, presente em mais de 70 países.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Mensagem de Ken Sawka para o público brasileiro

O senior vice-presidente da Fuld & Co., Ken Sawka, será um dos destaques do 5th SCIP Latin America Competitive Intelligence Summit, e palestrará em duas sessões do evento: no primeiro dia, Ken conduzirá um workshop sobre o envolvimento da alta direção nos esforços de IC. Depois, na conferência principal, ele conduzirá uma atividade especial "Hands On" com foco na coleta de informações em fontes primárias.

Interessado? Pois veja a mensagem que Ken enviou especialmente para o público brasileiro:

Welcome to São Paulo and the 2013 SCIP Latin American Summit!  SCIP has prepared a dynamic and innovative event that provides tremendous opportunity for learning and networking.  Whether you're new to CI, or a CI veteran, working for a company based in Latin America, or for a multi-national organization with offices in the region, I'm confident you will enjoy your time in São Paulo at this year's Latin America Summit.

Latin America is a dynamic region where competitive intelligence is growing rapidly.  In many ways, CI in Latin America offers the same opportunities and challenges to practitioners as in other regions -- the chance to improve your organization's strategy and decision making, develop a CI competency, and influence C-suite decisions.  At the same time, the region possess its unique set CI circumstances -- a unique business culture, specific industry conditions, and rapidly growing economies.  This year's CI summit promises to be a truly unique event.

I look forward to meeting as many attendees as possible, hearing about your successes and challenges, and together further developing the discipline of CI in Latin America.

Warm regards,

Kenneth Sawka



Acompanhe as novidades do evento no blog e veja os detalhes do encontro no site http://www.informagroup.com.br/scip2013.

SCIP inova ao trazer especialistas da CIA e Banco Mundial para falar de Inteligência Competitiva no Brasil

Este é o comunicado à imprensa que o Informa Group e a SCIP lançaram hoje ao mercado:

Com foco em inovação, chega à quinta edição o SCIP Latin America Competitive Intelligence Summit, reconhecido ponto de encontro dos profissionais de Inteligência Competitiva do mercado latino-americano. O evento é promovido pela SCIP - Strategic & Competitive Intelligence Professionals e pelo Informa Group, e neste ano terá palestrantes internacionais com experiência na CIA, Banco Mundial e na área de Defesa do governo norte-americano, além de profissionais que atuam em grandes organizações no país. 

Novos formatos de apresentação e interatividade estão previstos para este ano, com o intuito de conferir aos participantes mais oportunidades de compartilhar conhecimentos e trocar experiências. De 07 a 09 de outubro, serão mais de 30 palestrantes discutindo as contribuições da IC para as estratégias de negócios, as formas de se identificar os sinais de inovação, a inovação em patentes e no business design, além das metodologias para extrair inteligência de big data, entre outros temas.


Serão keynote speakers desta edição Ken Sawka, senior vice-president da Fuld & Company (EUA), Salvador Raza, presidente da Cetrus Consulting, Govindan Nair, president da Hemispheres Solutions LLC (EUA) e Anca Costea, account director da Insight Health (EUA). Ken Sawka é um dos mais renomados especialistas em IC, cenários, early warning e estratégias competitivas dos EUA. Antes de atuar em consultoria, Ken Sawka passou oito anos como analista sênior da Agência Central de Inteligência dos EUA – CIA.


O Prof. Salvador Raza é um dos poucos brasileiros a trabalhar para a área de defesa do governo norte-americano, além de ter atuado como especialista em política e formulação de estratégias para os governos de vários países. Anca Costea tem uma destacada atuação em empresas do mercado farmacêutico. Especialista em tendências macrocompetitivas e globalização, o indiano Govindan Nair foi economista-chefe do Banco Mundial, onde atuou por 25 anos.

No cenário nacional, destaque para as palestras dos executivos da Petrobras, Vale, Google, Alelo, RSA Seguros, Voith, Ecobenefícios, Kumon Institute of Education, Ericsson, Grupo Unimetal, Promon Engenharia, Votorantim Metais, Usiminas, Helbor, Rede Globo, Axonal, 3Gen, Whirpool, Symnetics, Embraer, Banco Société Générale, IFF e Cortex Intelligence.

Além da sessão plenária, a programação do 5th SCIP Latin America Competitive Intelligence Summit inclui um curso e dois workshops. Edson Ito dará o curso Fontes de Inteligência e Técnicas de Coleta, módulo do Programa de Certificação Competitive Intelligence Professionals Internacional, da Fuld Gilad Herring Academy of Competitive Intelligence, oferecido no Brasil pela ADVS. Os dois workshops sobre war game e envolvimento da alta direção nos esforços de IC serão conduzidos, respectivamente, pelo Prof. Dr. Salvador Raza e Ken Sawka.

A 5ª. edição do SCIP Latin America Competitive Intelligence Summit é uma realização da SCIP com a organização da IBC e patrocínio da Cortex Intelligence, Dow Jones, Emerging Markets Information Service, LexisNexis e Plugar Informações Estratégicas. As informações estão no site http://www.informagroup.com.br/scip2013 e na Central de Atendimento da IBC, pelo telefone 11-3017-6808 ou pelo email imprensa@informagroup.com.br

AGENDA:
5th SCIP Latin America Competitive Intelligence Summit
Dias 07, 08 e 09 de outubro de 2013
Local: Espaço Milenium, Rua Dr. Bacelar, 1043, São Paulo, SP
Horário: das 8h30 às 18h00
Realização: SCIP
Organização: IBC, empresa do Informa Group
Informações: 11-3017-6808 ou imprensa@informagroup.com.br
Site: http://www.informagroup.com.br/scip2013

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SOBRE O INFORMA GROUP
O Informa Group é o maior provedor mundial de informação especializada e serviços para as comunidades acadêmica, científica, profissional e empresarial. O grupo tem sede em Londres e cerca de 150 escritórios em 40 países, empregando mais de 10 mil funcionários. As ações do Informa Group estão listadas na Bolsa de Londres, compondo o índice das 250 maiores companhias (FTSE-250:INF). Na América Latina, o Informa Group atua por meio de empresas como Informa Economics, BTS Informa, IBC e IIR. www.informagroup.com.br

SOBRE A SCIP
A SCIP – Strategic and Competitive Intelligence Professionals (www.scip.org) é uma organização global, criada em 1986, sem fins lucrativos, que reúne profissionais envolvidos com a criação e gestão de conhecimento no campo dos negócios. O Chapter SCIP Brasil tem por objetivo atender aos interesses dos profissionais brasileiros da área de Inteligência Competitiva e Estratégia; estimular a ampliação do conhecimento por meio de encontros, atividades de ensino, pesquisa científica e tecnológica, via intercâmbio entre seus associados e convênios com instituições que formem profissionais do setor. A SCIP Brasil conta com o apoio da Fundação Vanzolini, FIPE, da ADVS Brasil e do Informa Group. Mais informações: https://www.facebook.com/SCIPBRASIL

Motivação e Propósito: os desafios da Comunicação

Apresentamos um estudo conduzido pela Cristina Panella, da série de pesquisas nacionais de opinião, que teve como título A Motivação dos Brasileiros - O que faz o brasileiro acordar e seguir em frente? Um de seus objetivos foi identificar as fontes que alimentam a motivação da população em geral, observando, especialmente, as relações entre a motivação e o trabalho.

Escolaridade, Idade e Renda: alguns resultados de interesse
A escolaridade e a renda influem sobre o nível de motivação declarado. Do ponto de vista do gênero, homens são mais motivados que mulheres, enquanto o recorte faixa etária aponta para uma realidade interessante: as pessoas mais jovens e as mais velhas apresentam os maiores níveis de motivação. Do ponto de vista geográfico, os moradores do Norte do Brasil ganham destaque como os mais motivados.

A idade é um fator interessante na pesquisa que, certamente, merecerá novos estudos: aqueles com idade entre 20 e 49 anos apresentam um alto nível de motivação. Mas é a partir dos 50 anos que a motivação cresce e atinge seu pico entre aqueles com idade entre 60 a 69 anos. Nos dois extremos - menos de 20 e acima de 70 anos de idade - encontra-se o maior número de indivíduos não motivados (13%). Nesse caso, quanto mais jovem, mais o indivíduo se declara motivado - a fonte de sua motivação encontra-se, prioritariamente, em seu círculo de amizades. É nos amigos que os jovens buscam sua renovação. Curiosamente, o público com idade acima de 70 anos tem traços comuns com os jovens: as experiências aprendidas no trabalho e também as equipes com as quais interagem ou interagiram são fatores que contribuem para a sua motivação. Porém as amizades não tem grande influência na renovação do entusiasmo: eles preferem divertir-se (na internet, com a televisão, com a família) e, motivam-se principalmente, com o fato de deixar um legado para próximas gerações.

O brasileiro é um indivíduo motivado e tira sua força da família
A pesquisa mostrou que 91% dos brasileiros se consideram motivados.
















Quando questionados sobre o que os faz acordar e seguir em frente, a família ficou em primeiro lugar para 51% dos participantes, em especial para as mulheres, aqueles com escolaridade incompleta, os habitantes do Norte e os aposentados. A busca da evolução pessoal - que aparece em segundo lugar - foi apontada por 14% dos participantes, o desenvolvimento de talentos e habilidades por 10% e, para outros 5%, o trabalho, dinheiro ou religião são determinantes.






















Motivação e desmotivação pelo trabalho
O trabalho é uma importante fonte de motivação, principalmente para o público masculino - e, com mais intensidade, entre os trabalhadores autônomos e proprietários de negócios para quem a motivação aparece como um sinônimo do trabalho.

A experiência aprendida tem vital importância na motivação dos entrevistados quando interrogados sobre o trabalho (36%), o que demonstra uma abertura ainda bastante importante para formar-se na empresa, seguida por atividades que executa (33%), novas oportunidades (26%), remuneração (16%), equipe (8%) ou colegas (8%), seu líder (4%) e espaço físico (2%).






















As experiências aprendidas constituem o elemento motivador para os jovens de até 29 anos de idade (45%), bem como para os indivíduos acima de 70 anos (45%). Já a equipe é fonte de motivação apenas para faixa etária até 29 anos (12%), diminuindo à medida que se envelhece e chegando a 3% na faixa etária acima de 70 anos. As atividades executadas no trabalho representam fonte de motivação para estudantes de todos os níveis, e essa importância cresce de acordo com o nível de escolaridade. Para quem está na universidade, ou uma pós-graduação, as novas oportunidades são os principais elementos de motivação no trabalho (29% e 28%, respectivamente).

A busca da evolução pessoal é uma característica motivadora presente nas pessoas que procuram uma posição no mercado de trabalho. Do outro lado, o fato de estar desempregado parece anular todo e qualquer fator motivacional: o sentimento de não estar motivado, entre os desempregados, está presente em todas as faixas etárias. Entre aqueles que se declaram desmotivados (9% do total dos respondentes), a principal causa apontada tem a ver com o "emprego" (27% das respostas), o "desânimo" (13%), o "baixo salário"(11%), além da "corrupção" e do "governo" (ambos reunindo 9%).

Fato importante: encontram-se, também, no mundo do trabalho as razões para a maioria das respostas que indicam desmotivação. Os 398 indivíduos que se declararam não motivados (9% da amostra total) apontaram as seguintes razões para seu estado de ânimo:






















Para ir além: o propósito das empresas espelhando parte do propósito individual.
Ter um propósito é o que mais motiva ambos os sexos (40% das declarações).

A crença em um sonho é o principal elemento para jovens com idade até 29 anos (31%) e motiva mais as mulheres do que os homens (31% contra 28%). Também são significativos aqueles na faixa etária entre 50 e 59 anos. Para os pós-graduandos, as histórias de pessoas que realizaram seus feitos é uma fonte de motivação: 8%. Os aposentados têm sua motivação fundamentada no legado que possam deixar (10%).























As empresas hoje precisam ultrapassar a tríade: missão, visão e valores e buscar seu verdadeiro propósito, aquilo que dá sentido à sua existência. Do ponto de vista empresarial - e apoiando-se na definição de Joey Reiman -, o propósito é um modo único e autêntico por meio do qual a marca fará a diferença no mundo.

Do ponto de vista individual, as pessoas têm ou buscam um "algo" a que se proponham, que facilite suas decisões e fortaleça sua determinação. As empresas devem, em nossa opinião, ampliar seus objetos de pesquisa entre o público interno, procurando elementos, entre os colaboradores, que alicercem o propósito empresarial, ao mesmo tempo em que este alimente e dê parcialmente sentido à jornada diária de cada um. A expertise encontrada na consultoria para as áreas de comunicação alicerçada nas análises provenientes de pesquisas realizadas entre públicos estratégicos é, sem dúvida, a estratégia mais adequada para articular essa sinergia.

Nota Metodológica
Entrevistas realizadas via web por meio da plataforma LeadPix Survey, no último mês de março, em todo o território nacional; Responderam à pesquisa 4.270 internautas.

As pesquisas e estudos concebidos e planejados pela Cristina Panella Planejamento e Pesquisa (http://www.cristinapanella.com.br), são realizados em parceria com LeadPix Survey, plataforma de pesquisas online da LeadPix (http://www.leadpix.com.br). Nelas são analisados atitudes e modo de vida dos brasileiros,detectando desejos e necessidades ao longo do tempo, apoiando-se em tendo por base as tendências nacionais e internacionais. Nesta tomada estendemos nossa parceria à equipe Walk and Talk (http://www.walkandtalk.com.br) que vem realizando um trabalho sólido no conhecimento sobre Motivação em diferentes culturas e países para melhor entender o contexto brasileiro.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Salvador Raza: inteligência em ambientes de decisões complexas

Um dos destaques do 5th SCIP Latin America Competitive Intelligence Summit será a palestra do Professor Salvador Raza. Na manhã do dia 09 de outubro, Salvador Raza apresenta uma visão ampliada das funções e atividades de inteligência na formulação de políticas e estratégias em ambientes de decisões complexas com informações imperfeitas. Trata-se de metodologia que ele criou: Innovation Design for Complex Program Management Methodology.

A contribuição do Professor Raza aos participantes do encontro da SCIP prevê conhecer a metodologia e aplicações práticas de problematização estratégica para sistemas de redes de informação; desenvolver Planos de Métricas escalares e vetoriais para avaliação de sistemas de decisões articuladas e, finalmente, entender o conceito de Design de Inovação e sua aplicação na gestão de programas complexos.

O professor Salvador Raza é expert em politica e formulação de estratégias, atuando como especialista para diversos governos internacionais e empresas. É presidente da CeTRIS Consulting e professor do Centro Hemisférico de Estudos de Defesa da Universidade de Defesa dos Estados Unidos, em Washington.

Trabalhou por vários anos nos EUA como Concept Designer e Analista Internacional. Concluiu seu Pós-doutorado na área de simulações e projeto de força nos EUA. Possui mestrado em Defense Studies pelo King´s College da Universidade de Londres. É doutor em Engenharia de Produção pela COPPE/UFRJ, na área de Estudos Estratégicos. Possui larga experiência em war game e inteligência com foco em rede. O Prof. Dr. Raza tem pesquisado ativamente no campo da identificação de padrões de sistemas adaptativos complexos.

Veja a seguir uma entrevista que o Prof. Salvador Raza deu ao Jornal da Globo, por ocasião da vinda de Barack Obama ao Brasil.



Confira neste link a programação completa do 5th SCIP Latin America Competitive Intelligence Summit e acompanhe as novidades do encontro no Facebook e Twitter.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Bate-papo dos colegas da SCIP - Capítulo de Boston

O video que você vai assistir mostra uma reunião dos colegas do Capítulo de Boston da SCIP, realizado em junho deste ano. Observe que há, entre eles, Ken Sawka, que estará no Brasil em outubro, participando do 5th SCIP Latin America Competitive Intelligence Summit.

Neste video, a discussão se concentra em dois pontos: a) a função de IC deve ser desenvolvida internamente (treinada) ou deve ser contratada externamente? b) expandir a inteligência para além da concorrência. Assista e comente.



E não deixe de conferir a programação do 5th SCIP Latin America Competitive Intelligence Summit!

Twitter pode ajudar a melhorar a audiência da TV, conclui Nielsen

O microblog já vem afirmando isso há anos, mas não tinha provas científicas suficientes. Agora, uma pesquisa da Nielsen oferecem estatísticas que sustentam essa teoria. Esta matéria foi publicada na IDG pela jornalista Cristina de Luca.

















As mídias sociais e programas de televisão tornaram-se grandes amigos e, para muitos de nós, os dois estão transformando a forma como vemos televisão . Na verdade, o Twitter tornou-se um destino popular onde os fãs podem falar sobre seus favoritos programas de TV em tempo real. Depois de muita pesquisa e análise, pela primeira vez a Nielsen obteve uma evidência estatística de influência causal bidirecional entre a programação da TV e a conversa Twitter em torno dessa programação. O estudo Twitter Causation, divulgado esta semana, conclui que o Twitter pode ajudar a melhorar a audiência da TV no chamado horário nobre.

"Usando a análise de séries temporais, vimos uma influência causal significativa, indicando que a audiência de TV pode aumentar a partir do volume de tweets, e, inversamente, um aumento nos tweets podem aumentar de acordo com a programação da TV", disse Paulo Donato, chefe de pesquisa da Nielsen.

O estudo analisou 221 episódios de programas diferentes exibidos nos EUA durante o horário nobre, usando SocialGuide da Nielsen, e descobriu que o aumento na audiência muitas vezes produz mais tuites – foi assim em 48% dos episódios estudados. Já do outro lado, um aumento no número de tuites fez subir a audiência em 29% dos episódios em análise.

"Esta abordagem rigorosa, baseada em pesquisa, oferece aos nossos clientes da indústria de mídia uma melhor compreensão da interação entre o Twitter e a programação da TV", disse Donato.

"Estes resultados comprovar que muitos dos nossos parceiros de TV têm-nos dito informalmente há anos: que o Twitter impulsiona a audiência, especialmente para a programação de televisão ao vivo, linear", disse Ali Rowghani, COO no Twitter.






















E no Brasil?
Saber quais programas de TV estão bombando nas mídias sociais e decidir se vale a pena associar a sua marca a eles a um custo mais reduzido em relação a anúncios na TV tem desafiado cada vez mais anunciantes e agências. Um dos grande problemas é a falta de métricas que possam ajudar a nortear o planejamento de mídia. Razão pela qual a área de learning & insights do Ibope Media tenha decidido usar a plataforma de inteligência de negócios da startup brasileira Qual Canal para realizar estudos analíticos sobre a influência de redes sociais na audiência de televisão no país.

Resultados preliminares desses estudos foram apresentados no início de julho (11/7), em São Paulo. Ressaltando ainda ser cedo para estabelecer uma relação direta entre a repercussão no Twitter e a audiência na televisão, Ibope e Qual Canal admitem que já é possível identificar algumas tendências que podem contribuir para definição de estratégias de emissoras e de anunciantes no âmbito das duas mídias. Entre elas o fato de que a relação espontânea entre a audiência e a quantidade de tweets é de interdependência, condicionada pelo conteúdo dos programas de TV.

Há uma relação, mas não obrigatoriamente uma correlação entre volumes de tweet e audiência dos programas, o que dificulta encontrar soluções matemáticas para todos os casos. No entanto, há alguns gatilhos a partir dos quais parece ser possível encontrar uma modelo matemático para estabelecer a correlação _ segundo o analista do Ibope Media, José Calazans, a partir de 17 pontos de audiência, a cada 5 mil tweets é observado o ganho de mais um ponto. Mas só um tempo maior de análise permitirá ao Ibope comprovar essa matematização e incluir novos indicadores de fidelidade, permanência, adesão, etc.

No 5th SCIP Latin America Competitive Intelligence Summit teremos ações de interatividade com a plateia pelo Twitter @IC_SummitBR. Siga-nos no Twitter e participe!

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Diferenciais do 5th SCIP Latin America Competitive Intelligence Summit

Em sua quinta edição, o SCIP Latin America Competitive Intelligence Summit traz inovações no formato e na interatividade com os participantes, o que deve ampliar substancialmente a troca de ideias, as discussões e as oportunidades para a construção de relacionamentos comerciais e profissionais.

O evento é resultado de uma parceria entre o Informa Group e a SCIP - Strategic & Competitive Intelligence Professionals, e acontecerá em São Paulo, de 07 a 09 de outubro. Confira abaixo os diferenciais desta edição:

Keynote Speakers
Ao longo dos três dias do encontro, mais de 30 palestrantes vão compartilhar seus conhecimentos com a audiência, com destaque para:
  • Ken Sawka, senior vice-president, Fuld & Company, EUA
    Um dos mais renomados especialistas em inteligência competitiva, cenários, erly warning e estratégias competitivas dos EUA.
  • Salvador Raza, presidente, Cetrus Consulting, Brasil
    Professor Raza é expert em politica e formulação de estratégias, atuando como especialista no assunto para diversos governos internacionais e empresas.
  • Govindan Nair, president, Hemispheres Solutions LLC, EUA
    Professor e consultor especializado em globalização e tendências macro competitivas, em especial para politicas nacionais de economias voltadas a exportação, e estratégias empresariais para internacionalização de empresas.
  • Anca Costea, account director, Insight Health, EUA
    Profissional com larga experiência em Market Research, Inteligência de Mercado e inteligência competitiva, passou os últimos dez anos de sua carreira trabalhando na integração de metodologias de Market Research dentro do âmbito de inteligência competitiva e de mercado.

Paineis Executivos
Sessões exclusivas que permitem profunda troca de experiências sobre temas críticos de negócios. Liderados por um experiente profissional, essas sessões irão incentivar os executivos a apontar os desafios e as soluções enfrentadas. Você terá a oportunidade de interagir e dirigir perguntas pontuais.

Painel de Presidentes
Convidamos presidentes de empresas para discutir a contribuição da Inteligência Competitiva para as suas decisões estratégicas e as razões que os levam a patrocinar iniciativas de IC em suas corporações. Com a palavra, os presidentes!

Active Dialogs
Sessões interativas por temas específicos de interesse. Cada sessão irá reunir apenas de 15 a 20 participantes em uma mesa para garantir o envolvimento entre todos, opinar, discutir e aprender uns com os outros. Exposição, divergências, convergências e recomendações. Uma produção coletiva de conhecimento!

Case Studies
Você irá conhecer experiências concretas sobre implementações e projetos, sempre evidenciando as lições aprendidas e melhores práticas.

Exposição de Soluções e Serviços
Os principais fornecedores do mercado irão expor suas soluções através de casos práticos sobre como resolver alguns problemas organizacionais de Estratégia e IC. Degustação e negócios!

Almoço Temático
Com a proposta de agregar os participantes o Almoço temático irá promover a discussão e troca de impressões sobre temas atuais e tendências da indústria (ou da profissão) em um ambiente informal, agradável e muito divertido. Escolha sua mesa por assunto de interesse e alimente-se de boas ideias e contatos!

Networking
Inúmeras oportunidades de networking, combinando um café e um bolo em um ambiente propício para conversas em profundidade. Os breaks foram desenhados para os participantes relaxarem entre as apresentações e ainda promover discussões e contatos de forma produtiva.

Aquário
Quatro cadeiras e três experts! Um espaço interativo e diferenciado que contará com a participação de especialistas para debater sobre Equipes, Carreira e Competências. Teremos uma cadeira vazia e a plateia terá a oportunidade de subir ao palco e interagir com os especialistas por alguns minutos! Ocupe este espaço!

Interatividade e Conectividade
Preparamos uma sessão especial para você se divertir, relaxar e conectar-se com você mesmo! Um momento de redescoberta, de emoção e preparação. A transformação pessoal como fonte para sua performance profissional. Revisite-se!

Hands On
Workshops exclusivos pela proposta, tema e facilitadores. Muito mais do que um ouvinte, você será convidado a vivenciar experiências em um espaço aberto ao diálogo, envolvimento e discussões.

Visite a página http://www.informagroup.com.br/scip2013 e confira os detalhes do único encontro que reúne o estado da arte de inteligência competitiva, com a chancela da principal associação mundial de profissionais, presente em mais de 70 países.

Pesquisadores criam tecnologias com mineração de textos

A Embrapa Informática Agropecuária (Campinas, SP) está desenvolvendo pesquisas usando técnicas de mineração de textos (text mining), com o objetivo de gerar tecnologias inovadoras. Esse conhecimento poderá ser aplicado em vários projetos de pesquisa relacionados a zoneamento agrícola, auxílio ao gerenciamento de recursos naturais e organização da informação, entre outros.



De acordo com a pesquisadora Maria Fernanda Moura, a equipe vem trabalhando com ferramentas capazes de identificar e classificar, de forma automática, tópicos textuais, cobertura geográfica dos textos e tópicos, além da cobertura temporal. As tecnologias envolvem métodos e ferramentas de análise de dados, como classificadores e técnicas de extração de informações e de desambiguação de termos e a produção de softwares adaptados para a língua portuguesa.

A desambiguação textual permite que um sistema computacional reconheça, de forma automática, palavras extraídas de uma publicação em seu contexto de abrangência. Um exemplo é a identificação correta de determinada cidade ainda que existam outras com o mesmo nome. Com o método criado pelos pesquisadores, o sistema consegue reconhecer as localidades mais próximas e indicar aquela que está sendo referida em um texto.

Essas pesquisas foram aplicadas ao projeto Tiena (Tecnologias Inovadoras em mineração de textos para apoio à Espacialização de Notícias Agrícolas - piloto cana-de-açúcar). Para validar as tecnologias em desenvolvimento foi construído um protótipo de software que permitiu consultar uma base de dados de notícias agrícolas e observá-las de acordo com a região de abrangência, com classificação hierárquica dos temas abordados.

“Os resultados obtidos até agora foram muito bons, com um grau de precisão bastante elevado, se compararmos com outros métodos existentes”, diz Maria Fernanda. As informações extraídas são inseridas em uma base de dados para consulta. A ideia é usar esse conhecimento para aprimorar a metodologia usada e aplicar em publicações científicas. “Se tivermos bases históricas, podemos construir cenários que servirão para orientar a criação de políticas públicas, por exemplo”, complementa.

As técnicas de mineração de textos visam auxiliar especialistas na organização, análise e descoberta de conhecimento em grandes coleções de documentos, segundo a professora do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da Universidade de São Paulo (USP) Solange Rezende. “A pesquisa em mineração de textos contribui para o avanço de todas as áreas do conhecimento, pois torna possível o acesso rápido à informação mais relevante de acordo com as necessidades dos usuários, e o acesso ao conhecimento, em geral, escondido nesses dados”, afirma.

Atualmente, a Embrapa Informática Agropecuária coordena o projeto Critic@ (Compilação e Recuperação de Informações Técnico-científicas e Indução ao Conhecimento de forma Ágil na Rede AgroHidro). Uma das propostas é analisar a produção científica de uma rede de pesquisa para identificar temas e tendências tecnológicas. “São estratégias de business intelligence”, conta a pesquisadora Maria Fernanda. “De posse dessas informações, é possível definir cenários e inclusive estabelecer parcerias mais focadas.”

A equipe pretende aprofundar as pesquisas com a aplicação de classificadores, ou seja, recursos computacionais que vão permitir classificar os textos em tópicos, de forma hierárquica, conforme a sua relevância no contexto estudado. Os estudos são realizados em parceria com o ICMC da USP, campus de São Carlos (SP), a Embrapa Monitoramento por Satélite (Campinas, SP) e o Inesc Tecnologia e Ciência, de Porto (Portugal).

“Com os resultados da aplicação das técnicas de mineração de textos, os especialistas serão capazes de encontrar documentos relevantes para uma determinada bacia hidrográfica, obtendo uma visão geral do conhecimento produzido até o momento sobre essa região e facilitando a seleção de informações específicas e relevantes, como dados socioeconômicos ou o impacto ambiental das culturas organizadas ao redor da bacia”, explica Solange.

As Pontes Vivas de Meghalaya e a transferência do conhecimento

Retomando as atividades deste blog, creio que seja adequado iniciarmos por um belo artigo publicado por Saulo Figueiredo no Portal WebInsider.

Extraindo sabedoria da simplicidade. Com relativa frequência me deparo pensando sobre os processos de transferência de conhecimentos entre as gerações e sua devida importância. Encontrei então um exemplo de transferência de conhecimentos pela tradição oral (de pai para filhos) que vale a pena compartilhar com todos, visto que revela ricas lições às pessoas, famílias, empresas e até nações. Trata-se das Pontes Vivas de Meghalaya exibidas na foto abaixo.














Algumas destas pontes feitas por moradores locais chegam a ter mais de 500 anos.

Gosto de pensar nas tradições, receitas e nos ofícios mais simples que fluem e são repassados de pais para os filhos. O meu avô, por exemplo, sabia fazer empadas deliciosas (sem igual), sabia construir balaios e forros de bambu que chegavam a durar 60 anos sem ataques de carunchos ou cupins. Ele não teve tempo de me ensinar nenhuma dessas habilidades, quem sabe desnecessárias hoje. Apenas me lembro do quanto eram gostosas as suas empadas e quão belos eram seus artesanatos de bambu. A pergunta que fica é:

Quanta coisa boa já se perdeu no tempo, em nossa recente história, por falta de interesse e das transferências de conhecimentos?

Havia algum conhecimento importante no processo de corte do bambu, visto que ele era imune ao ataque das pragas naturais sem o uso de processos químicos para tratamento dessa matéria prima. Algum conhecimento importante se perdeu neste processo.

Também gosto de lembrar e vou incluir aqui, valores que, igualmente relevantes, também devem ser construídos e compartilhados (ou não) entre as gerações. Valores que quando transmitidos de pais para os filhos reverberam e geram frutos positivos. O contrário disso é a mais pura escuridão.

Em nossos dias, principalmente nos grandes centros, vimos prevalecer um certo egoísmo intelectual. As pessoas se tornaram individuais, imediatistas e egoístas. Agem como se fossem autossuficientes. Querem chegar “lá” a qualquer custo e nesta corrida frenética se esquecem de valores importantes, trocas enriquecedoras e de posturas genuinamente altruístas de impactos perpétuos.

Se esquecem que herdaram um planeta e que devem entregá-lo às futuras gerações no mínimo um pouco melhor. Até inconscientemente, muitos seriam capazes de destruir a terra para conseguir as riquezas e o poder que tanto almejam. E é neste contexto, que o exemplo extraído das Pontes Vivas de Meghalaya se apresenta tão importante e valioso em nossos dias. Então vamos a ele.

Meghalaya é uma região da Índia, que fica num dos lugares mais úmidos do mundo. Em função do isolamento, do terreno acidentado e do alto índice pluviométrico local (ver Monções), a construção de pontes, ao mesmo tempo muito necessária, é também muito complicada. Imagine isso a centenas de anos atrás.

No entanto, já há muitas gerações, um povoado local, ao contrário de esperar, passou a conduzir as raízes de figueira de uma margem à outra dos rios para compor suas travessias, que demoravam muitos anos para ficarem prontas. É importante compreender que tais raízes quando jovens precisam seguir a direção desejada pelo homem para se tornarem travessias futuras. Estas figueiras locais possuem muitas raízes secundárias e seus troncos crescem poderosa, mas vagarosamente nas margens dos rios. Uma vez que as raízes “moldadas” alcançam a outra margem e crescem, viabilizam um caminho novo muito melhor.

Um trabalho magnífico de várias gerações. Desde muito pequenos, os pais ensinam seus filhos a moldar tais pontes. O interessante é que aprendem muitas outras lições implícitas dentro deste esforço generoso já cultural: Não seja egoísta. Pense em futuras gerações e não em si próprio. Se preocupe com o próximo. Essa ponte não será para você, será para os netos dos seus netos. Hoje você usa uma ponte que seu avô construiu para você, muito antes da sua existência. Um exemplo belíssimo. Pense nisso! Os mais velhos não só ensinam o processo de construção das pontes, incentivam desenvolvem uma atitude comunitária e altruísta. Como se motivar a fazer algo para os outros sem resultados no presente? Será que nossa geração de filhos estaria pronta para isso?

Tomei conhecimento das pontes de Meghalaya assistindo o capítulo Rios da série Planeta Humano exibido recentemente pelo Discovery Channel. Desde lá não parei de pensar no assunto.

As pontes neste local não são construídas, mas cultivadas. Tais pontes vivas ficam mais fortes à medida que o tempo passa. Demoram muitos anos para se tornarem funcionais, mas quando maduras suportam muito peso e são muito importantes à comunidade local.

Além da transferência de conhecimento pela tradição propriamente lembrada, consegui extrair outros ensinamentos deste bom exemplo, úteis à empresa e sua Gestão do Conhecimento e relevantes à própria vida e nação. Vamos a eles:

  • A Gestão do Conhecimento na empresa deve ter muito mais de cultivo do que de concreto armado. O cultivo em si exige muito mais zelo e cuidado.
  • Tais como as pontes de Meghalaya, alguns resultados da Gestão do Conhecimento também podem demorar para acontecer, contudo, quando ocorrem a empresa se torna muito mais forte e funcional.
  • A GC, tal como as pontes vivas de Meghalaya se torna mais forte e efetiva à medida que o tempo passa. Amadurecimento é tudo.
  • As empresas que desenvolvem uma visão viva como a deste povoado se tornam muito mais importantes e úteis à comunidade local, deixando de ser um parasita ou peso ao planeta.
  • Construir algo sem pensar em resultados imediatos bate de frente com a lógica egoísta tão enraizada em nossos dias. O exemplo de Meghalaya questiona o modelo mental predominante. Temos que pensar grande e diferente em nossos dias. A frase de Martin Luther King sintetiza o lindo exemplo de Meghalaya: “Se soubesse que o mundo se desintegraria amanhã, ainda assim plantaria a minha macieira.” Todos sabem que uma jabuticabeira não produz frutos prematuramente. É lindo pensar em uma geração de pessoas que mesmo aos 80 anos de idade continua plantando suas jabuticabeiras. O pensamento imperativo é: Alguém um dia provará o doce fruto.
  • Tais como as raízes precisam ser orientadas quando jovens para que sigam um destino útil e relevante, não deveriam ser tão bem cuidados os seres humanos na idade tenra? Já dizia a Bíblia: “Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele.” Provérbios 22.6. Não estaríamos negligenciando a passagem de valores importantes às gerações mais jovens? Em busca de um sucesso desenfreado não estaríamos nos perdendo na formação de genuínos seres humanos? Do mesmo modo nas empresas, a Gestão do Conhecimento não teria um papel importante em se preocupar em transferir os saberes dos mais velhos aos novatos e iniciantes? Isso poderia ser mais espontâneo?
  • Profundo respeito ao meio ambiente. Trata-se de um projeto de arquitetura sustentável.

Sempre procurei pensar a essência da Gestão do Conhecimento nas empresas totalmente dependente da construção de pontes. Sempre defendi a ideia de que o papel dos gestores em relação a Gestão do Conhecimento é de superar as barreiras empresarias que impedem ou atrapalham a criação, multiplicação, utilização e compartilhamento do conhecimento organizacional.

Não só em Meghalaya, mas transpondo para as empresas e para as nações, a construção de pontes que superem tais barreiras é essencial em nossos dias. Precisamos pontes que aproximem as pessoas, pontes que tirem pessoas do isolamento, pontes que trafeguem saberes, valores, dúvidas e respostas. Pontes que conduzam a um futuro melhor. Pontes desprovidas de imediatismo e também dedicadas às futuras gerações.

Antes de tudo, precisamos de líderes construtores de pontes não protetores de muralhas. Isso porque já há muros demais por toda parte. Precisamos de pontes que ajudem a transformar este planeta, merecedor de todo o nosso respeito, em um mundo predominantemente mais generoso, menos egoísta e individualizado, com valores vivos disseminados, com riquezas mais equilibradas e com muito mais calor humano.

Eu construiria pontes para os meus e para os seus netos. E você?