sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Twitter pode ajudar a melhorar a audiência da TV, conclui Nielsen

O microblog já vem afirmando isso há anos, mas não tinha provas científicas suficientes. Agora, uma pesquisa da Nielsen oferecem estatísticas que sustentam essa teoria. Esta matéria foi publicada na IDG pela jornalista Cristina de Luca.

















As mídias sociais e programas de televisão tornaram-se grandes amigos e, para muitos de nós, os dois estão transformando a forma como vemos televisão . Na verdade, o Twitter tornou-se um destino popular onde os fãs podem falar sobre seus favoritos programas de TV em tempo real. Depois de muita pesquisa e análise, pela primeira vez a Nielsen obteve uma evidência estatística de influência causal bidirecional entre a programação da TV e a conversa Twitter em torno dessa programação. O estudo Twitter Causation, divulgado esta semana, conclui que o Twitter pode ajudar a melhorar a audiência da TV no chamado horário nobre.

"Usando a análise de séries temporais, vimos uma influência causal significativa, indicando que a audiência de TV pode aumentar a partir do volume de tweets, e, inversamente, um aumento nos tweets podem aumentar de acordo com a programação da TV", disse Paulo Donato, chefe de pesquisa da Nielsen.

O estudo analisou 221 episódios de programas diferentes exibidos nos EUA durante o horário nobre, usando SocialGuide da Nielsen, e descobriu que o aumento na audiência muitas vezes produz mais tuites – foi assim em 48% dos episódios estudados. Já do outro lado, um aumento no número de tuites fez subir a audiência em 29% dos episódios em análise.

"Esta abordagem rigorosa, baseada em pesquisa, oferece aos nossos clientes da indústria de mídia uma melhor compreensão da interação entre o Twitter e a programação da TV", disse Donato.

"Estes resultados comprovar que muitos dos nossos parceiros de TV têm-nos dito informalmente há anos: que o Twitter impulsiona a audiência, especialmente para a programação de televisão ao vivo, linear", disse Ali Rowghani, COO no Twitter.






















E no Brasil?
Saber quais programas de TV estão bombando nas mídias sociais e decidir se vale a pena associar a sua marca a eles a um custo mais reduzido em relação a anúncios na TV tem desafiado cada vez mais anunciantes e agências. Um dos grande problemas é a falta de métricas que possam ajudar a nortear o planejamento de mídia. Razão pela qual a área de learning & insights do Ibope Media tenha decidido usar a plataforma de inteligência de negócios da startup brasileira Qual Canal para realizar estudos analíticos sobre a influência de redes sociais na audiência de televisão no país.

Resultados preliminares desses estudos foram apresentados no início de julho (11/7), em São Paulo. Ressaltando ainda ser cedo para estabelecer uma relação direta entre a repercussão no Twitter e a audiência na televisão, Ibope e Qual Canal admitem que já é possível identificar algumas tendências que podem contribuir para definição de estratégias de emissoras e de anunciantes no âmbito das duas mídias. Entre elas o fato de que a relação espontânea entre a audiência e a quantidade de tweets é de interdependência, condicionada pelo conteúdo dos programas de TV.

Há uma relação, mas não obrigatoriamente uma correlação entre volumes de tweet e audiência dos programas, o que dificulta encontrar soluções matemáticas para todos os casos. No entanto, há alguns gatilhos a partir dos quais parece ser possível encontrar uma modelo matemático para estabelecer a correlação _ segundo o analista do Ibope Media, José Calazans, a partir de 17 pontos de audiência, a cada 5 mil tweets é observado o ganho de mais um ponto. Mas só um tempo maior de análise permitirá ao Ibope comprovar essa matematização e incluir novos indicadores de fidelidade, permanência, adesão, etc.

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